quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

F. Gomes: investigação está lenta




Passados  quatro meses após o assassinato do comunicador Francisco Gomes de Medeiros, o “F. Gomes”, assassinado em 18 de outubro de 2010, o promotor do caso, Geraldo Rufino de Araújo Júnior, denuncia que as investigações estão paradas. Nos primeiros dias, houve grande comoção por parte das autoridades potiguares acerca do caso, mas agora a investigação esfriou, segundo o promotor. A polícia, em contrapartida, rebate as críticas e diz que a apuração não foi interrompida.

No início do mês passado, a Deicor designada para investigar o crime, concluiu o processo e encaminhou o inquérito ao MPE de Caicó. O promotor da cidade, Geraldo Rufino, alegou falta de provas na investigação e pediu novas diligências. Esta semana, em entrevista ao radialista Sidney Silva, que trabalhava com F. Gomes na Rádio Caicó, o promotor mostrou-se desapontado com a polícia e cobrou o cumprimento das diligências pedidas pelo MPE.

O promotor afirma que resolveu conceder a entrevista e desabafar sobre o assunto para alertar amigos, familiares e todos os cidadãos norte-riograndenses sobre o que ele define como “momento de angústia”, referindo-se à suposta paralisação nas investigações. “Claro que nós não podemos contar detalhes da investigação, mas é importante que todos saibam da angustia que nós do Ministério Público e da Justiça estamos passando”, desabafou o promotor, acrescentando que hoje o caso não conta mais um delegado exclusivo, como foi prometido pelo então governador do Estado, Iberê Ferreira.

No desabafo, o promotor lembra o dia do velório de F. Gomes, quando a cidade de Caicó foi tomada por dezenas de autoridades potiguares, entre políticos e gestores das forças policiais do Estado. Em meio as entrevistas, o então governador, Iberê Ferreira, assim como a governadora eleita, Rosalba Ciarlini Rosado, prometeram à sociedade potiguar que dariam prioridade as investigações da morte de F. Gomes. “Naquele dia todo mundo veio para Caicó e todos diziam a mesma coisa: vai ser uma prioridade. Não têm nada mais importante hoje do que se esclarecer à morte de F Gomes”.

Em princípio, o delegado Ronaldo Gomes de Moraes foi designado para investigar o assassinato de F. Gomes. A delegada Sheila Maria de Freitas, recém designada para dirigir a Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado do RN, confirmou que o caso de F. Gomes não tem mais um delegado específico. Ela alega falta de pessoal para tal atividade, mas nega que a investigação tenha sido prejudicada, como denunciou o promotor de Caicó, Geraldo Rufino de Araújo. 

fonte:tribuna do norte

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