Obama diz que Brasil é potência
Após ser recebido pela presidenta Dilma Rousseff, o presidente norte-americano Barack Obama fez seu primeiro pronunciamento. Ele afirmou que vê o país como uma potência global, com influência nas áreas energética, econômica e humanitária.
O presidente americano citou o Brasil como “um importante participante” do mercado global de energia, por conta das descobertas do petróleo do pré-sal. No Palácio do Planalto, ele já tinha comentado sobre a disposição de se tornar um grande cliente do país nessa área. Ele conversou com Dilma Rousseff por mais de uma hora no Palácio do Planalto.
O norte-americano afirmou que a vinda ao Brasil logo no início do atual governo é um reconhecimento ao novo status internacional do país. “Esta visita é uma oportunidade histórica para ainda mais cooperação nas próximas décadas. Agradeço pelo esforço pessoal [da presidente] para reforçar os laços entre os nossos países. Existe muito mais que podemos fazer”, disse Obama, ao lado de Dilma. “Os EUA não apenas reconhecem a ascensão do Brasil, mas dão apoio a isso.”
Obama também apostou na rodada de Doha de negociações comerciais. “Precisamos dar-lhe um grande impulso”, afirmou. O Brasil, como membro do G20 – grupo de países em desenvolvimento – e a Índia foram dois dos principais adversários das propostas americanas para concluir a iniciativa.
Em uma breve reunião com empresários brasileiros no Palácio Itamaraty, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou também que estuda junto da colega Dilma Rousseff a ampliação de vistos para os dois países. A concessão costumava até recentemente ser de cinco anos e foi ampliada para dez anos.
O americano repetiu comentários de seu pronunciamento no Palácio do Planalto e citou dificuldades de seu país em incrementar o comércio entre os dois países em curto prazo. “Estamos saindo de uma recessão”, afirmou, “mas é do nosso interesse em longo prazo fortalecer os laços entre as duas maiores economias no continente”.
Acordos
Os governos dos Estados Unidos e do Brasil assinaram hoje (19), no Palácio Itamaraty, dez acordos de cooperação. Os textos envolvem áreas estratégicas que vão desde economia e comércio até ciência e tecnologia. No total, são dez textos em setores como comércio e cooperação econômica; transporte aéreo; uso pacífico do espaço exterior; apoio à organização de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas; pesquisas em biodiversidade; desenvolvimento de biocombustíveis de aviação e cooperação técnica em outros países.
Entre os temas de destaque estão o Tratado Econômico e Comercial (Teca), que estabelece contatos entre os governos nas negociações para acelerar eventuais articulações, e o apoio para a realização de eventos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
Porém, temas polêmicos, como o fim de vistos para brasileiros que viajam aos Estados Unidos e um acordo previdenciário ficaram para uma próxima etapa de negociações. Nesta fase de articulações, os assessores dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e Dilma Rousseff não conseguiram consenso nesses temas.
Americano deve apoiar Brasil para vaga no CS da ONU
Brasília, (AE) - O Brasil vai obter o apoio americano à sua pretensão de ter uma vaga no Conselho de Segurança das Nações Unidas, semelhante ao dado por Barack Obama à Índia em novembro do ano passado. A declaração final conjunta da visita, negociada entre os dois países, prevê a declaração de apoio nos mesmos termos. A informação obtida pela reportagem é que até mesmo o texto da declaração de Obama na Índia foi consultado para que o vocabulário seja o mais próximo possível.
Na Índia, Obama afirmou que a “justa e sustentável ordem internacional que a América busca inclui uma Nações Unidas eficiente, efetiva, crível e legítima. Por isso eu posso dizer hoje que nos anos que se seguirem eu espero ver um Conselho de Segurança reformado que inclui a Índia como um membro permanente”.
O Brasil pouco esperava nesse sentido da visita de Obama. A expectativa era de uma declaração de “visões coincidentes” e “interesses mútuos”. Esta semana, o chanceler brasileiro, Antonio de Aguiar Patriota, chegou a afirmar que o apoio americano, apesar de esperado e bem-vindo, não era essencial e nem uma “panaceia”. A decisão de Obama, no entanto, evoluiu nas últimas horas.
Fontes ouvidas pela reportagem ressaltam que as declarações sempre podem mudar até o último minuto, mas as intenções americanas são claras até o momento.
Reforma
O comunicado conjunto que será assinado hoje entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama também deve trazer uma menção específica à necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e uma referência direta ao Brasil, que faz campanha por um assento permanente no órgão.
A declaração do presidente deve conter a frase: os EUA demonstram “apreço pela aspiração do Brasil a se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”.
A conquista de uma vaga permanente no Conselho de Segurança é uma ambição antiga da diplomacia brasileira, sob argumento de que a atual composição não reflete a realidade geopolítica. O Brasil ocupa atualmente uma vaga rotativa no órgão, que tem apenas cinco membros permanentes e com direito a veto —EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
O governo brasileiro tem buscado consolidar uma diplomacia independente e participar mais ativamente em questões globais, e um apoio público de Obama a uma vaga permanente no Conselho é vista como a consolidação desse novo papel.
Presidente é recebido no Planalto
Brasília, (AE) - O presidente Barack Obama chegou ao Palácio do Planalto com 26 minutos de atraso em relação ao horário previsto. Às 10h26, ele desembarcou da limusine e passou em revista a tropa formada em frente ao Palácio. Pouco depois o presidente norte-americano subiu a rampa do Planalto, sendo recebido pela presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
Obama mostrou-se especialmente interessado no fato de a principal obra de arte do modernismo, o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, não estar exposto em um museu brasileiro, e sim no Museu de Arte Latino-Americana (Malba), em Buenos Aires. Dilma explicou que o quadro foi emprestado pelo Malba especialmente para esta exposição, que é uma das homenagens ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Diante do Abaporu, os três posaram para foto.
Obama ficou igualmente impressionado com um painel da pintora Djanira, que normalmente decora o gabinete das presidência. A exposição traz obras também de Tomie Ohtake. A maioria dos trabalhos expostos faz parte do acervo do Palácio do Planalto, do Banco Central e de outros órgãos do governo brasileiro, o que também surpreendeu Obama.
Convidados
O Itamaraty convidou todos os ex-presidentes da República para o almoço em homenagem ao presidente norte-americano Barack Obama. No entanto, apenas Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, confirmaram presença. O ex-presidente Lula preferiu ficar em São Bernardo para comemorar o aniversário de um de seus filhos. É praxe do Ministério das Relações Exteriores convidar os ex-presidentes para eventos importantes no Itamaraty.
O presidente americano citou o Brasil como “um importante participante” do mercado global de energia, por conta das descobertas do petróleo do pré-sal. No Palácio do Planalto, ele já tinha comentado sobre a disposição de se tornar um grande cliente do país nessa área. Ele conversou com Dilma Rousseff por mais de uma hora no Palácio do Planalto.
O norte-americano afirmou que a vinda ao Brasil logo no início do atual governo é um reconhecimento ao novo status internacional do país. “Esta visita é uma oportunidade histórica para ainda mais cooperação nas próximas décadas. Agradeço pelo esforço pessoal [da presidente] para reforçar os laços entre os nossos países. Existe muito mais que podemos fazer”, disse Obama, ao lado de Dilma. “Os EUA não apenas reconhecem a ascensão do Brasil, mas dão apoio a isso.”
Obama também apostou na rodada de Doha de negociações comerciais. “Precisamos dar-lhe um grande impulso”, afirmou. O Brasil, como membro do G20 – grupo de países em desenvolvimento – e a Índia foram dois dos principais adversários das propostas americanas para concluir a iniciativa.
Em uma breve reunião com empresários brasileiros no Palácio Itamaraty, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou também que estuda junto da colega Dilma Rousseff a ampliação de vistos para os dois países. A concessão costumava até recentemente ser de cinco anos e foi ampliada para dez anos.
O americano repetiu comentários de seu pronunciamento no Palácio do Planalto e citou dificuldades de seu país em incrementar o comércio entre os dois países em curto prazo. “Estamos saindo de uma recessão”, afirmou, “mas é do nosso interesse em longo prazo fortalecer os laços entre as duas maiores economias no continente”.
Acordos
Os governos dos Estados Unidos e do Brasil assinaram hoje (19), no Palácio Itamaraty, dez acordos de cooperação. Os textos envolvem áreas estratégicas que vão desde economia e comércio até ciência e tecnologia. No total, são dez textos em setores como comércio e cooperação econômica; transporte aéreo; uso pacífico do espaço exterior; apoio à organização de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas; pesquisas em biodiversidade; desenvolvimento de biocombustíveis de aviação e cooperação técnica em outros países.
Entre os temas de destaque estão o Tratado Econômico e Comercial (Teca), que estabelece contatos entre os governos nas negociações para acelerar eventuais articulações, e o apoio para a realização de eventos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
Porém, temas polêmicos, como o fim de vistos para brasileiros que viajam aos Estados Unidos e um acordo previdenciário ficaram para uma próxima etapa de negociações. Nesta fase de articulações, os assessores dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e Dilma Rousseff não conseguiram consenso nesses temas.
Americano deve apoiar Brasil para vaga no CS da ONU
Brasília, (AE) - O Brasil vai obter o apoio americano à sua pretensão de ter uma vaga no Conselho de Segurança das Nações Unidas, semelhante ao dado por Barack Obama à Índia em novembro do ano passado. A declaração final conjunta da visita, negociada entre os dois países, prevê a declaração de apoio nos mesmos termos. A informação obtida pela reportagem é que até mesmo o texto da declaração de Obama na Índia foi consultado para que o vocabulário seja o mais próximo possível.
Na Índia, Obama afirmou que a “justa e sustentável ordem internacional que a América busca inclui uma Nações Unidas eficiente, efetiva, crível e legítima. Por isso eu posso dizer hoje que nos anos que se seguirem eu espero ver um Conselho de Segurança reformado que inclui a Índia como um membro permanente”.
O Brasil pouco esperava nesse sentido da visita de Obama. A expectativa era de uma declaração de “visões coincidentes” e “interesses mútuos”. Esta semana, o chanceler brasileiro, Antonio de Aguiar Patriota, chegou a afirmar que o apoio americano, apesar de esperado e bem-vindo, não era essencial e nem uma “panaceia”. A decisão de Obama, no entanto, evoluiu nas últimas horas.
Fontes ouvidas pela reportagem ressaltam que as declarações sempre podem mudar até o último minuto, mas as intenções americanas são claras até o momento.
Reforma
O comunicado conjunto que será assinado hoje entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama também deve trazer uma menção específica à necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e uma referência direta ao Brasil, que faz campanha por um assento permanente no órgão.
A declaração do presidente deve conter a frase: os EUA demonstram “apreço pela aspiração do Brasil a se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”.
A conquista de uma vaga permanente no Conselho de Segurança é uma ambição antiga da diplomacia brasileira, sob argumento de que a atual composição não reflete a realidade geopolítica. O Brasil ocupa atualmente uma vaga rotativa no órgão, que tem apenas cinco membros permanentes e com direito a veto —EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
O governo brasileiro tem buscado consolidar uma diplomacia independente e participar mais ativamente em questões globais, e um apoio público de Obama a uma vaga permanente no Conselho é vista como a consolidação desse novo papel.
Presidente é recebido no Planalto
Brasília, (AE) - O presidente Barack Obama chegou ao Palácio do Planalto com 26 minutos de atraso em relação ao horário previsto. Às 10h26, ele desembarcou da limusine e passou em revista a tropa formada em frente ao Palácio. Pouco depois o presidente norte-americano subiu a rampa do Planalto, sendo recebido pela presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
dida sampaio/aeO presidente Barack Obama e a primeira-dama, Michelle, foram recebidos por Dilma Rousseff , em Brasília. O norte-americano ressaltou a importância do Brasil no cenário mundial especialmente na área energética
Em seguida, antes da reunião reservada em seu gabinete, Dilma ciceroneou Obama e a primeira-dama Michelle em uma visita à exposição “Mulheres Artistas Brasileiras”, com obras do modernismo brasileiro. De acordo com a assessoria do planalto, Dilma explicou rapidamente ao casal a importância do movimento modernista e de seu mais relevante conceito, a antropofagia.Obama mostrou-se especialmente interessado no fato de a principal obra de arte do modernismo, o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, não estar exposto em um museu brasileiro, e sim no Museu de Arte Latino-Americana (Malba), em Buenos Aires. Dilma explicou que o quadro foi emprestado pelo Malba especialmente para esta exposição, que é uma das homenagens ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Diante do Abaporu, os três posaram para foto.
Obama ficou igualmente impressionado com um painel da pintora Djanira, que normalmente decora o gabinete das presidência. A exposição traz obras também de Tomie Ohtake. A maioria dos trabalhos expostos faz parte do acervo do Palácio do Planalto, do Banco Central e de outros órgãos do governo brasileiro, o que também surpreendeu Obama.
Convidados
O Itamaraty convidou todos os ex-presidentes da República para o almoço em homenagem ao presidente norte-americano Barack Obama. No entanto, apenas Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, confirmaram presença. O ex-presidente Lula preferiu ficar em São Bernardo para comemorar o aniversário de um de seus filhos. É praxe do Ministério das Relações Exteriores convidar os ex-presidentes para eventos importantes no Itamaraty.
fonte: tribuna do norte
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