quinta-feira, 12 de maio de 2011

Assassino confesso de radialista muda versão


O assassino-confesso do radialista F. Gomes apresentou uma nova versão para o crime ontem. João Francisco dos Santos, o Dão, alegou que agiu em legítima defesa para matar o comunicador em 18 de outubro do ano passado, em Caicó. Após os depoimentos de ontem, o juiz Criminal Luiz Cândido Villaça concedeu prazo de três dias para as alegações finais por parte da defesa e da acusação.

fred carvalhoLailson Lopes sendo conduzido para prestar depoimento durante a audiência de instrução e julgamento do caso F. Gomes, ontem em Caicó.  Ele é acusado de ser o mandante do assassinato, mas disse ser inocenteLailson Lopes sendo conduzido para prestar depoimento durante a audiência de instrução e julgamento do caso F. Gomes, ontem em Caicó. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato, mas disse ser inocente
“Para surpresa de todos, hoje (ontem) surgiu uma nova versão para este caso. Em juízo, Dão falou que foi à casa de F. Gomes para conversar com ele. O assassino disse que queria saber de F. o porquê de tantas notícias negativas envolvendo o nome dele serem divulgadas na rádio em que o radialista trabalhava. Ao parar a moto, ainda segundo Dão, ele pensou que F. Gomes estava com uma arma por trás do jornal que empunhava. Esse foi o motivo que o levou a disparar contra F.”, falou o promotor Criminal Geraldo Rufino. Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, foi assassinado com cinco tiros.

Ainda no interrogatório, Dão falou que escutou alguns disparos de arma de fogo. “Ele falou que ouviu alguns tiros que teriam sido dados naquela noite e associou esses tiros ao suposto movimento feito por F. Gomes no momento em que foi abordado. Mas, até hoje ninguém nunca havia falado sobre esses tiros”, completou Rufino. O advogado de Dão, Rivaldo Dantas, não quis comentar sobre essa nova versão apresentada pelo cliente dele. 

A audiência de instrução e julgamento foi iniciada por volta das 10h40, com depoimentos das testemunhas Ronaldo Gomes de Moraes, atual delegado-geral de Polícia Civil e que participou das investigações; e de Valdir Souza do Nascimento, assaltante e traficante que foi inicialmente apontado como mandante do crime. À tarde, a audiência foi retomada com o interrogatório de Dão e, logo em seguida, o de Lailson Lopes. 

O advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, que foi nomeado defensor de Lailson Lopes ontem, disse que a audiência foi “totalmente favorável” ao cliente dele. “Os depoimentos serviram para mostrar que o que aconteceu, na verdade, não passou de um grande teatro realizado pela polícia”.

Antônio Carlos também comentou sobre a nova versão apresentada por Dão. “O Dão disse que ouviu tiros e que, inclusive, a imprensa aqui de Caicó noticiou a apreensão de duas cápsulas de pistola ponto 40. Mas essas duas cápsulas não estão anexadas aos autos do processo”. 

Após a audiência, o juiz Luiz Cândido concedeu prazo de três dias para alegações finais por parte da defesa ou da acusação. Depois desse prazo, o magistrado vai decidir se pronuncia ou não os réus a júri popular. Também após esse período é que o juiz Luiz Cândido vai se posicionar a respeito de um pedido de liberdade provisória formulado pela defesa de Lailson Lopes.

bate-papo - Lailson Lopes » acusado de ser mandante do crime

Leia toda a entrevista aqui.
fonte: tribuna do norte

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