quarta-feira, 4 de maio de 2011


Esposa de F. Gomes rompe o silêncio e concede primeira entrevista à imprensa



O advogado Rivaldo Dantas, que defende o assassino-confesso do radialista F. Gomes, pode ter envolvimento com o crime. A hipótese foi levantada em um relatório elaborado pelo delegado Márcio Delgado Varandas e encaminhado à Justiça em 23 de março passado. De acordo com o documento, obtido com exclusividade pelaTRIBUNA DO NORTE, Rivaldo Dantas teria participado do “esquema de acobertamento do delito”.
Essa possibilidade, de acordo com o relatório policial, se dá pelas “incisivas ligações em horários cruciais do ‘Gordo da Rodoviária’ para ‘Dão’ no dia do crime, demonstrando a preocupação com o esclarecimento do crime, compactuando com a participação do advogado Rivaldo Dantas no esquema de acobertamento do delito”.
João Francisco dos Santos, o Dão, foi preso no dia 19 de outubro do ano passado e confessou ter matado F Gomes na noite anterior. Lailson Lopes, conhecido em Caicó por “Gordo da Rodoviária”, foi denunciado como sendo o mandante do crime.
O conteúdo do relatório causou um mal-estar ontem durante a primeira parte da audiência de instrução e julgamento. Após esse versão ter sido levantanda pela advogada de Lailson Lopes, Maria da Penha Batista, o defensor de Dão se mostrou irritado. Na saída do fórum, Rivaldo não quis conversar com a imprensa, declarando apenas que a colega Maria da Penha “é uma velha louca, maldita”.
Diante dessa possibilidade, são grandes as chances de que o juiz Criminal de Caicó, Luiz Cândido Villaça, determine que novas investigações sejam feitas pela polícia.
Além disso, o relatório de Márcio Delgado aponta indícios considerados por ele como “contundentes para apontar a autoria intectual” do assassinato de F. Gomes.
Esposa de F. Gomes concede entevista pela primeira vez depois da morte do radiliasta. Confira
Os quase sete meses da morte de F. Gomes, foram “sofridos” para a viúva dele, a assistente social Maria Eliene de Queiroz Gomes. Ontem à tarde, em entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE - a primeira após o crime- ela falou da dor que sente até hoje e das mudanças provocadas pela perda do companheiro.
TRIBUNA DO NORTE – Como está sua vida e de seus filhos após esses sete meses da morte de F. Gomes?
São dias, meses de muito sofrimento. Não há um só dia em que eu e meus três filhos não pensemos em F. Gomes. A dor ainda é uma constante.
Como foi sua relação com F. Gomes?
Foram dois anos de namoro e 20 de casamento. Ou seja, foi uma vida ao lado dele. F. Gomes foi um marido maravilhoso, um pai atencioso. Ele se preocupava com a família, para quem se dedicava muito. É por isso que ainda não me acostumei com a ausência dele e acho que esse sentimento nunca vai passar.
Sem seu marido, a sua família passa por alguma necessidade hoje?
Financeira não. Nossa necessidade é apenas da presença dele. F. Gomes faz muita falta para mim e para os nossos filhos.
A senhora e seus filhos de mudaram para Natal. Por que?
Porque minha filha está fazendo faculdade e eu precisava reunir os meus outros dois para ficarmos todos juntos.
A senhora tem acompanhado o noticiário sobre o Caso F. Gomes?
Sempre leio jornais, blogs, assisto TV  e ouço rádio. Acompanho de perto para saber como estão as investigações e agora o processo.
A polícia e o Ministério Público apontaram dois homens como sendo o executor e o mandante da morte de F. Gomes. A senhora está satifeita com a investigação?
Sim. Confio muito no trabalho da polícia.
Nesse período todo, a senhora nunca havia se pronunciado sobre o caso. Por que resolveu conceder essa entrevista hoje?
Nunca havia falado porque não tinha condições. As pessoas me procuraram no dia do crime e em seguida no velório e no enterro, mas não tinha condições físicas e psicológicas de dizer nada. Aceitei dar essa entrevista com um único objetivo: agradecer. Eu preciso agradecer a todos que me deram forças nesse período, que é o pior da minha vida e de meus filhos. Quero agradecer a polícia pelo trabalho que foi feito. Aos bombeiros. Aos amigos. Aos parentes. A todos que tentaram falar comigo no dia do velório e do enterro. À toda a imprensa tanto daqui de Caicó como de fora, que vem acompanhando e cobrando por justiça pela morte de meu marido. Também tenho que agradecer a meus três filhos [uma moça de 20 anos e dois gêmeos de 15 anos], que têm me apoiado em tudo, inclusive nessa nossa mudança para Natal. Mas principalmente eu quero agradecer a F. Gomes por tudo que ele fez por mim, pelo amor que ele me ofereceu e pelos filhos maravilhosos que me deu.
 fonte; robson pires

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